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Quero fazer um mochilão - parte 1



Fazer um mochilão é um grande sonho ou objetivo de muitas pessoas. Seja pelo sentimento de liberdade ou pelo desejo de aventura, uma empreitada assim de maneira rústica desperta o interesse de um número cada vez maior de viajantes. Mas engana-se quem pensa que para isso basta força de vontade e uma mochila nas costas. Ao contrário, é necessário muito mais planejamento para que esse sonho não se transforme em um pesadelo. A mochila, o roteiro, o dinheiro relacionado a comida, hospedagem e transporte são alguns dos itens mais importantes na hora de planejar um mochilão. Nesse artigo trataremos de dois desses assuntos e em um artigo seguinte falaremos sobre os outros três.

Então atente para essas dicas antes de começar sua aventura!

      1. A mochila

As coisas mais importantes primeiro, então vamos começar do óbvio. Um mochilão sem uma mochila é como um suco de laranja sem laranjas. A mochila não é apenas um objeto para carregar suas coisas, é um estilo de vida. Ela será sua companheira para qualquer lugar que for e é muito importante que você se sinta bem com ela, pois é daí que virá boa parte do conforto (ou desconforto) da sua viagem.  Aqui faremos apenas uma visão geral da mochila. Para maiores informações clique AQUI. Existem vários tipos de mochila disponíveis no mercado, cada uma oferecendo uma grande variação de usabilidades que você deve prestar atenção consoante com o seu objetivo, mas no fim das contas, todas elas servem para a mesma coisa: levar suas tralhas. Essas maiores que as pessoas chamam de "mochilão" na verdade são as mochilas cargueiras. Na hora de escolher sua mochila cargueira, pergunte-se: qual será o meu objetivo? Existem mochilas próprias para escalada, para trilhas, para viagens mais ou menos demoradas. Vamos tratar aqui das mais comuns. Independente do tamanho, escolha uma mochila com barrigueira, aquela espécie de cinto que você prende em volta da cintura. Isso é muito importante pois ajuda a distribuir o peso para o quadril, aliviando bem as costas e acredite: você vai agradecer por isso no final do dia. Quanto ao material, você deve escolher um bem resistente, afinal, ela terá de aguentar pancadas, quedas e eventualmente água. Dê preferência às feitas de poliéster de alta tenacidade ou kevlar, em detrimento do nylon.

Mochila Laguna 60 da Nautika - poliéster de alta tenacidade


As regulagens da sua mochila também são importantes. No artigo sobre mochilas explicamos mais detalhadamente, mas por enquanto você deve ficar sabendo que existe um total de 7 regulagens nas mochilas. No entanto, somente as importadas oferecem todas elas. As marcas nacionais e mais em conta disponibilizam um número menor de regulagens, mas ainda assim é possível fazer uma boa adaptação ao seu corpo. Escolha uma mochila com o maior número de regulagens que você puder encontrar.


Quanto ao tamanho, isso é bem variável. Para camping você precisará levar barraca, colchonete e fogareiro, então é necessário que porte uma mochila maior dependendo do número de dias que for acampar. Em geral, um camping de 1 ou 2 dias requer uma mochila de 60 litros. Mais que esse tempo é necessário uma de 70 litros ou mais. Para viagens normais isso varia muito de acordo com a experiência do viajante. Quanto mais inexperiente, maior a mochila. No entanto, você pode aprender a otimizar o espaço da sua mochila aqui. Uma mochila de 60 ou 70 litros está de bom tamanho para uma viagem sem muitos equipamentos. Atente para os acessórios: alguns modelos apresentam alguns itens bem legais como bolsos ocultos para carregar dinheiro e documentos, bolsos laterais para objetos menores e entradas inferiores para acesso às partes mais baixas da mochila. Lembre-se de adquirir também uma capa de chuva para sua mochila, caso contrário você pode acabar com todas as suas roupas molhadas, o que pode ser bem desagradável em um país frio.
Mochila Nautika Intruder - uma opção mais em conta para quem está começando


Também existem mochilas menores, chamadas "attack", chamadas dessa forma por causa do montanhismo, quando os alpinistas deixavam suas coisas mais pesadas em uma base próxima ao cume e saíam com essas mochilas menores para "atacar" o cume. Essas são mochilas perfeitas para os pertences mais importantes e você pode mantê-las sempre por perto, mesmo quando for viajar de avião, quando as cargueiras são despachadas.
Mochila de attack Commuter 37 - Trilhas e Rumos

Independendo do modelo que escolher, garanta sua funcionalidade e adequação às suas necessidades. Não adianta comprar uma super mochila 100 litros para passar o fim de semana na casa da avó, tampouco levar uma mochila de attack para uma expedição em Machu Picchu.  


      2. O roteiro


Escolhida a mochila, passemos agora ao roteiro. Aqui a palavra é informação. Aonde você gostaria de ir? Qual o seu sonho? Que lugar te atrai mais? Seu objetivo é turismo cultural, histórico, religioso ou ecológico? Como dizia Shakespeare, “para quem não sabe para onde ir, qualquer lugar serve”. Bom, vamos tentar dar umas dicas de destinos legais para quem quer começar.

Destinos internacionais

Dentre os destinos internacionais, os mais recomendados para o mochileiro de primeira viagem é, sem dúvida, a América do Sul. Alguns fatores contribuem para esse ser o destino escolhido para começar a se aventurar pelo mundo, os principais deles são: é perto, é barato, o espanhol não é tão diferente do português (embora isso possa ser bem relativo também).  Algumas pessoas tendem a subestimar os países da América do Sul quando o assunto é turismo, no entanto alguns lugares podem ser bem surpreendentes. Neste artigo você pode encontrar todas as informações sobre destinos na América do Sul.

Perito Moreno glaciar - Patagônia argentina

Também existem outros destinos internacionais muito cotados para os mochileiros de primeira viagem que procuram um pouco mais de distância mas que também prezam pelo bolso. Nesse caso o mais recomendado é o Leste Europeu. Lá você encontrará uma imensa variedade de turismo histórico, sendo aquele um lugar por onde passaram muitos tipos de povos e que esteve sob o domínio de muitas nações diferentes, cada uma delas tendo o cuidado de deixar uma herança que permanece viva até hoje. Visite castelos e construções medievais e desfrute da gastronomia local, tudo isso com a vantagem da moeda barata (muitos desses países não têm o euro como moeda oficial) e a proximidade dos países, tudo isso incentivado pela facilidade de transporte internacional (ônibus, trem e até avião a preços muito baixos).

Praga - República Tcheca

Um nível um pouco acima se encontra o Sudeste Asiático, que oferece uma imensa variedade de turismo ecológico com possibilidade de mergulhos, visitas a praias paradisíacas e esportes de aventura. As moedas locais também são menos valorizadas que o real, o que torna o destino ainda mais interessante. A dificuldade fica no transporte, já que muitos lugares são ilhas com acesso apenas por barco ou avião.

Ko Pha Ngan - Tailândia

Destinos nacionais

Infelizmente muitas pessoas subestimam o poder turístico do Brasil ou pensam que este limita-se a Rio de Janeiro, Salvador, Recife e afins. No entanto, também tem muita coisa para se ver e fazer em terras brazucas. Nesse artigo você pode encontrar algumas das principais atrações alternativas para turismo nacional.

Bonito - MS, Brasil


Independente de onde for, procure conhecer o máximo de lugares por onde passar, valorizando a logística do transporte. Lembre-se: às vezes mais importante que o destino em si é o caminho a ser percorrido.

Para ler a segunda parte do artigo clique aqui.


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